Uma comunidade

Uma comunidade
Países separados e Unidos

julho 18, 2012

Conceitos e Definições


Conceito de Língua


Uma língua, várias culturas, vários países

Na sequência das definições dos conceitos-chave do nosso Blog, Clube de Idéias Vivas, arrenquemos dos livros e do nosso conhecimento respostas para as questões abaixo:

1. O que é uma língua?

2. O que é a língua portuguesa?

Duas questões, várias respostas, vários pontos-de-vista. A tua opinião vale uma reflexão, um avanço do conhecimento. Paricipe!

                      Veja às imagens


julho 14, 2012

Conceito de Cultura

Cultura: um vocábulo com várias definições e perspectivas

Esta definição é recheada


 A cultura é um conceito em permanente construção e destruição. É dinámica mas também estática. Evolutiva mas muitas vezes estagnada e questionada. Enfim, a cultura é do e para o homem. Surgiu com ele e do mesmo modo desaparecerá.

A definição abaixo foi retirada do E-dicionário de termos literários. Não é a mais completa, mas dá sempre um jeito


Palavra latina com a mesma raiz de cultus, de que derivam cultivo e culto, do verbo colo, is, ere, ui, ultum (cultivar), aplicado a domínios diversos, em especial aos campos, às letras e à amizade. Cícero fala do cultivo da humanitas, isto é: daquilo que torna humana a pessoa, a faz sentir-se vinculada a outras pessoas, designadamente através de condições de educação e segundo ideais formativos a que os Gregos chamavam globalmente paideia. A cultura animi ou cultura do espírito, que os latinos pressupunham como base da humanitas, pode definir-se como acção das pessoas sobre si próprias, enquanto indivíduos e sociedade, no sentido da realização plena das suas capacidades e potencialidades humanas. Mas a cultura, num plano mais vasto, associa a tal sentido também a acção susceptível de preservar ou melhorar o ambiente e o património, assim com os modos, práticas e tradições a que se atribui valor por testemunharem e contribuírem para a dignificação da vida. Neste plano mais geral, contudo, o termo ‘cultura’ expande-se sobretudo a partir de meados do século XVIII; e o termo ‘civilização’, para muitos identificável com o termo ‘cultura’, tem divulgação acentuada aproximadamente desde a mesma época, embora termos conexos como civilità já antes ocorram ocasionalmente (cf. Dante, Il convivio). Civilização (acção de tornar civil), todavia, designa, antes de mais, esforços organizados ou programados para melhorar o bem‑estar e a qualidade de vida, especialmente na cidade e no domínio do ter, da riqueza, do conforto, da eficácia dos equipamentos colectivos, das condições materiais de convívio. A palavra ‘cultura’ tem o seu âmbito de aplicação mais específica no domínio do ser, das realizações não meramente materiais, da criatividade do espírito, implicando muitas vezes o não absolutamente programável ou previsível. Civilização é algo que surge intimamente ligado, portanto, às condições de cultura (inclusive a escola e a escolaridade), enquanto cultura subentende mais a realização de aptidões, talentos e a manifestação daquilo que habitualmente se designa por génio. Entre as metas da cultura contam-se o gosto pelas artes e ciências, o refinamento de maneiras e do saber, mas sobretudo a sabedoria, com inerente capacidade de digerir ou elaborar símbolos, ideias e pensamentos. Os sentidos etnológico e etnográfico dos termos ‘cultura’ e ‘civilização’, quer identificados quer demarcados segundo a distinção atrás sugerida, enraizam-se igualmente a partir da época setecentista, a par do crescente interesse pelo modo de vida ou pelos costumes dos povos. A definição de vários autores, entre os quais T. S. Eliot (cf. Notes Towards the Definition of Culture), de cultura precisamente como ‘modo de vida de um povo’, articula-se com a identificação dos termos ‘civilização’ e ‘cultura’, envolvendo uma abrangência etnológica que ocasionalmente parece coexistir com positiva e indiscriminada aceitação de uma grande variedade de componentes características das respectivas tradições (o que, aliás, nem todo o texto de Eliot porventura corrobora). O frequente uso no plural dos termos ‘cultura’ e ‘civilização’ tem acompanhado o desenvolvimento dos estudos etnológicos e etnográficos até aos nossos dias, numa crescente curiosidade e tolerância moderna relativa à variedade distintiva e individualizante do modo de vida e ser de cada povo.

Bibliografia

A. L. Kroeber e Clyde Kluckohn: Culture: A Critical Review of Concepts and Definitions (1963); C. P. Snow: The Two Cultures and a Second Look (1959, várias reimp.); Manuel Antunes: História da Cultura Clássica, vol. fotocopiado de notas das aulas teóricas e práticas, Faculdade de Letras de Lisboa, 1967/68, pp. 33-7; Raymond Williams: Culture (1981, várias reimp.); T. S. Eliot: Notes Towards the Definition of Culture (1948, várias reimp.); Victor Hell: L’idée de culture (1981).

julho 08, 2012

Definições ( 1 ): Cultura

Definições (1): Cultura



  Junto com os  internautas e amigos do Clube de Idéias Vivas (CIV) contribuámos  para a definição do conceito de Cultura.



 

1. O que é a cultura? ( What's the culture? ) ( Quelle est la culture?)

2. Existe uma cultura lusofona? Sim/não. Porquê?

Deia uma definição de Cultura.





julho 06, 2012

A Carta de Luanda da CPLP



Luanda à noite.


Os Países da CPLP deram provas, com a Carta de Luanda sobre a Internacionalização da Língua Portuguesa nas Instituições de renome como a ONU, que tal deva começar com uma planificação linguística.

Para nós, não só representa uma visão clara do camimho a seguir, como também, a consciência de que para tal precisa-se de rigor a nível interno.

Quem se predispõe a fazer uma planificação linguística deverá conhecer o campo e os objectivos para os quais a elabora.

Oxalá que esta notícia do Jornal de Angola, não fique apenas neste mesmo papel. Frutifique para o bem da língua de todos nós. (para ver a notífica clica na palavra a vermelho).

julho 04, 2012

A L.P nas Instituições Internacionais

Reflexão



 Acontece em Luanda, capital da república de Angola, um Colóquio  sobre a LP nas Instituições Internacionais. (clica na palavra a vermelho)

Não é preciso ser especialista para concluir que, muito trabalho tem de ser ainda feito para se ultrapassarem às utópias da lusofonia e da lusografia.

Esses dois factores, que sinceramente, levam séculos a ser ultrapassados, são pilares da diversidade mas também entravam a aceitação da língua portuguesa nas Instituições Internacionais.

 Actualmente existem três portugueses, e permitam a plurallidade do termo, no espaço lusófono. O da Àfrica,o do Brasil e o de Portugal.

Analisemos, à guisa de exemplo, duas questões: 

(1ª) Que variante dessas três, deve ser adotada na fala e/ou na escrita pela SADC, MERCOSUL e CEAC ou mesmo pela ONU? 

(2ª) As divergências nestes termos implicam a recusa sobretudo da ONU da adoção do Portugês como língua de trabalho? Sim/não? e porquê?

Sem uma receita pronta para responder a complexidade do assunto, entendemos ser de bom siso que se faça primeiro o trabalho de casa: a adoção de uma política comum para a internacionalização da língua portuguesa seria a primeira coisa.

Portanto, que o colóquio de Luanda produza A Carta de proposta de soluções e avanços e não apenas de debate académico que morre nas quatro paredes da sala de conferência.

julho 03, 2012

Riqueza étnico cultural de Angola


A Riqueza cultural e étnica de Angola

A par da sua beleza geográfica no mapa mundo,   Angola ostenta outras de carácter cultural que dispensam apresentações triviais.

Por isso, damos-lhe a ver este vídeo. Imagens valem mil mais do que mil  e uma palavras.
 












TAAG publica sobre Kohisan





 
Na sua última edição a Revista Austral da TAAG destaca em primeira mão a investigação do nosso Blogue.

Trata-se de um estudo sobre a comunidade San e sua integração social em Angola desenvolvido e apresentado na Universidade Nova de Lisboa na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

Veja também o vídeos e aprenda uma das línguas mais originais e lindas do planeta!

junho 25, 2012

Ensino Português LS em Angola


Resumo da Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Nova de Lisboa

 Título: Análise Crítica do Programa da Reforma Educativa para o Ensino do Português como Língua   Segunda na 7ª classe em Angola




A situação actual da língua portuguesa em Angola desperta interesse de estudo em várias áreas. A questão do seu ensino, enquanto língua segunda, é a vertente que se destaca neste Trabalho.

Recentemente o Governo angolano, promulgou a 2ª Reforma Educativa com objectivo de melhorar o sistema de ensino – aprendizagem.

A língua portuguesa está em destaque. Não só por assumir o papel de língua oficial e de escolaridade, mas também, por ser o veículo de comunicação internacional e de confluência com às línguas locais maioritariamente Bantu.

É neste contexto, que se procura dar a melhor resposta à necessidade de formação de usuários proficientes de PLS, e isto requer, a elaboração e aplicação de metodologias que respondam ao desafio.

Nesta perspectiva, propusemo-nos a realizar o estudo com o título: Análise Crítica do Programa da Reforma Educativa para o Ensino do Português LS na 7ª Classe em Angola, com objectivos essenciais de analisar às propostas metodológicas e sugerir melhorias.

Para tal, servimo-nos do método empírico consubstanciado na consulta da bibliografia especializada e na de documentos reitores da Reforma.

O Trabalho organiza-se em cinco capítulo, conclusão, sugestões, bibliografia e anexos.

Da análise feita concluímos que a 2ª Reforma Educativa de Angola é um projecto ambicioso, com resultados aceitáveis, mas ainda distantes do ideal preconizado.

Urge que se melhorem as condições de trabalho, de investigação, de ensino e infra-estrutural. Para a língua portuguesa em especial, a aposta na (re)qualificação dos quadros e a colocação de mais e melhores condições é fulcral.

Do Programa vê-se uma estrutura diversificada, e se bem aplicada, facilita a aquisição de conhecimentos científicos e holísticos. Porém as metodologias e as estratégias, tendem mais a mecanização do processo de ensino – aprendizagem.

Aqui o papel do professor é fundamental, não só no respeito e cumprimento do legislado, mas sobretudo, com uma perspectiva crítica construtiva.

Palavras – chave: ensino e aprendizagem da língua segunda; programa de ensino; proficiência comunicativa 


 

junho 24, 2012

Apresentação

O nosso Blogger

Autor: Alexandre Sakukuma



 Este Espaço, Clube de Ideias Vivas, requererá a participação de todos os amantes de ideias vivas, ou seja, daquelas que têm e vêm no exercício do pensamento e da escrita em língua, cultura, ensino e literatura no espaço geográfico lusófono, um desafio de investigação a sério.

As Ideias Vivas, em Clube, são reunidas aqui. Não só dos que voluntaria e gratuitamente, as querem expor, partilhar, divulgar ou seja, tornar comum uma área de estudo, mas também, para àquelas que curiosamente se interessam por esses assuntos.

Estar vivo é produzir. Produzir ideias vivas. Seja um participante em Ideias Vivas com críticas construtivas e fundamentadas e rigoramente apresentadas. Enfim, seja um amigo do Clube de Ideias Vivas. 



Bem vindo(a) ao CLUBE DE IDEIAS VIVAS!


junho 22, 2012

Recensão Crítica: Diversidade Cultural em Portugal

Recensão Crítica ao livro Diversidade Cultural na Escola - Encontros e Desencontros, Maria do Carmo Vieira da Silva, publicado em 2008, Edições Colibri, Colecção Pedagogia e Educação

 A dominação do homem pelo homem sempre foi e será conflituosa. A história universal sempre registou combates de grande envergadura por esta tendência de domar seres iguais. Cita-se por exemplo, o fim do processo do tráfico de escravos, as guerras mundiais, os conflitos inter e intra étnicos, as rivalidades cibernéticas, a criação de organizações universais, como um cenários da permanente inquietude do homem face às dificuldades criadas pelo homem para o outro homem. 

Hoje, volvidos milhares e milhares de anos, é consabido que a igualdade universal do homem é utópica e ainda está distante de ser alcançada, “ se calhar só na próxima encarnação” o será, como se usa dizer-se. “Deus por todos e cada um por si”, ainda tem sido a máxima popular usada em muitos contextos nos nossos dias. Assim cada um dentro das suas possibilidades e limitações procura dar o melhor de si para viver neste mundo. 

Com efeito, enquanto uns lutam pela economia e política, outros lutam pela ciência, escola, e pela educação multicultural. Tal é o caso da Professora Doutora Maria do Carmo Vieira da Silva, com o seu livro Diversidade Cultural na Escola – Encontros e Desencontros. Publicado em Março de 2008, é uma tese de doutoramento em Ciências da Educação, defendida em 2003 na Universidade de Lisboa. 

O livro está dividido em duas partes: uma parte em que a autora faz uma revisão a bibliografia especializada, sobretudo a da Psicologia Social, e outra parte, em que apresenta os resultados do estudo empírico, consubstanciados na recolha, selecção e análise dos dados. Esta parte contém ainda as sínteses, a discussão dos resultados com as respectivas conclusões, a conclusão geral acompanhada da abordagem dos problemas levantados pela investigação, e por fim a bibliografia. Estatisticamente o livro possui um total de 225 páginas, 6 capítulos, 24 subcapítulos, 19 temas, 5 subtemas na primeira parte. 

A segunda parte compõe-se de 6 estudos + 1 complementar, organizados em duas partes compostas por; introdução e discussão dos resultados, com excepção do IIIº estudo, que junta, uma terceira parte, que autora chama de Estudo Complementar. 13 páginas de bibliografia encerram o livro. 

O conteúdo da obra é sugestivo e contemporâneo para as Ciências Sociais em geral, e para a área da Educação em particular, sobretudo no que respeita, a educação num contexto da escola multicultural. Sugestivo, porque fala do problema da educação multicultural em Portugal, e avança, com sugestões interessantes e inovadoras, se implementadas e cumpridas. 

A contemporaneidade do assunto reside também em constituir, mais um passo, para a prossecução de outros estudos na europa e não só, mas também, em outras realidades multiculturais, como a dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, especificamente o caso de Angola, país com similitudes multiculturais com Portugal no que toca a cultura e a língua. 

A actualidade do assunto é ainda mais pertinente para nós, na qualidade de professores nos nossos países, e agora como mestrandos, em ensino da língua portuguesa como segunda e estrangeira. Pois seguramente, no caso particular de Angola já lidamos com casos de educação multicultural nas escolas e salas de salas, cuja resposta, ao problema, não foi das melhores dado ao pouco conhecimento em lidar com problemática do género, daí a nossa frequência ao Curso. É fundamental ainda porque, explicita de forma profunda e sucinta as concepções actuais que se devem ter em conta ao ensinarmos em situações de uma escola multicultural com minorias étnicas. Pois, entendemos que, se ensinarmos sem esses conhecimentos prévios, poderemos cegar ou comportar-se de forma estigmática e estereotipada com os nossos alunos de minorias étnicas. 

A vasta experiência na formação de professores e o saber acumulado em conferências nacionais e internacionais, de que autora participa regularmente por iniciativa privada, conferiram sem dúvida, um subsídio importante ao seu trabalho. 

Assim, o multiculturalismo e as suas nuances são tratados com profundidade (Silva, 2008 p.15-17): desde os meandros da história, aos dos direitos civis, ao do carácter pedagógico/didáctico, este último, constituindo assim, a linha de força da obra, com propostas concretas, a questão como os professores, deverão valorizar os alunos negros e de etnia cigana, ajudando-os e preparando-os para uma verdadeira cidadania intercultural em Portugal (Silva, 2008 p.13).

A resposta a esta questão científica, cupulada a inquietude primária de saber, se realmente existia essa descriminação aos alunos negros, e de etnia cigana nas escolas portuguesas do Iº ciclo, levou a autora, a revisar a bibliografia especializada e a realizar um estudo empírico, com recurso a entrevista, teste sociométrico e auscultação aos professores, alunos, encarregados de educação e auxiliares de educação social do contexto escolar multicultural do Bairro Bela Vista em Setúbal. 

O estudo empírico desenvolvido pela autora baseou-se nos temas; eu e outro: análise da auto e hetero - imagem de um grupo de professores; O «jogo» da aceitação e da rejeição: estereótipos, comportamentos e escolhas interpessoais e intergrupais, temáticas articuladas em resposta ao desassossego levantado pela questão/problema da investigação supracitada em negrito. 

De facto, o multiculturalismo é um fenómeno complexo resultante da confluência de inúmeros factores, como por exemplo; económicos, políticos, sociais, ideológicos, etc. Este fenómeno histórico, origina múltiplas consequências nos países de recepção, entre as quais, o choque entre culturas (encontros e desencontros), a discriminação, a desigualdade, a opressão, com repercussões na educação das minorias étnicas, assunto que domina vastas páginas do livro.

Do estudo feito, concluiu-se que em Portugal, as minorias étnicas de origem africana e cigana nas classes multiculturais do Iº ciclo do ensino primário sofrem, efectivamente na “carne e no espírito”, o estigma da discriminação étnica a vários níveis e contextos. 

O problema arrasta-se no tempo, e resiste as múltiplas políticas de mitigação do fenómeno, quer traçadas e orientadas pelo ministério da educação português, como por outras instituições nacionais e internacionais, como a União Europeia, grémio que Portugal é membro efectivo desde 1986. Com efeito, a autora prova, recorrendo a vários estudiosos, que o problema da discriminação às minorias na escola e na sociedade, é de natureza histórica, sociológica, psicológica e até extensiva, e não apenas um caso particular de Portugal. 

Neste contexto, países como os Estados Unidos da América (Silva, 2008 p.22), Espanha (Silva, 2008 p.190), dois dos vários exemplos citados no livro, registam também problemas do género, apesar das políticas gizadas pelos governos e parceiros sociais locais e internacionais. Visto assim, à visão da obra, ficamos com a ideia de que a questão em voga é um processo social complexo e generalizado. 

Confrontados com esta situação complexa, os governos (re)criam e (re)aplicam estratégias diferenciadas de educação multicultural, assentadas no conceito de que ela deva garantir, o direito escolar a todos, independentemente da cultura, etnia, sexo, religião, etc. Assim por exemplo, em países como os Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, Manchester e grande parte dos com número elevado de grupos étnicos minoritários, registou-se três modelos de lidar com o fenómeno das minorias étnicas, que no âmbito deste Trabalho, adoptamos designar, atitudes : Atitude assimilacionista aplicou-se nos anos 60 do século XX e consistia em forçar as minorias a abandonarem as suas culturas e a adoptarem a cultura maioritária. Atitude integracionista visou promover a unidade na diversidade, por meio da coexistência e equilíbrio entre as culturas minoritárias, oferecendo-lhes o melhor da cultura dominante.

Atitude de pluralidade cultural é a fase que prevalece até aos nossos dias, e considera cada grupo étnico, como possuidor de uma oportunidade para desenvolver e conservar a sua cultura, numa sociedade mais ampla, desempenhando nela um papel de pleno direito.

As atitudes enunciadas foram sendo aplicadas cada uma não em períodos iguais mas, cada governo a aplicava, de acordo com o seu sistema político, interesses económicos e ideológicos. 

Nos EUA, país pioneiro do movimento das minorias étnicas negras, a autora relata que a manifestação não se esbarrou apenas a luta pela aquisição e desfrute dos direitos políticos, mas também, pelos civis, entre os quais o acesso a educação escolar das minorias étnicas discriminadas. 

Destas reivindicações, nasce o conceito de educação/escola multicultural definido como àquela educação, que oferece em igualdade de direitos e deveres, o acesso a escola, a todos, independentemente da etnia, sexo, classe social, religião e cultura. 

O máximo dos objectivos deste tipo de escola é a mudança social de acordo com Bank citado pela autora (Silva, 2008p.34). O alcance deste macro objectivo, passa pela concepção, adopção e aplicabilidade de conteúdos atinentes à integração, ao processo de reconstrução do conhecimento, a redução do preconceito, a pedagogia para a equidade e o fortalecimento da cultura escolar e da estrutura social. (p.34), devendo a isso, aliar-se, o papel decisivo do professor, a cooperação indispensável dos pais, encarregados de educação e de outros actores sociais directa ou indirectamente interligados à escola. 

Para Portugal o estudo confirmou a existência in loco da discriminação das minorias étnicas de origem africana e cigana nas escolas multiculturais do Iº ciclo, tal como já referi atrás, porém, importa referir o aspecto relativo a tendência do “mal” tornar-se cíclico, numa escala dual e depois geral: os pais passam para os filhos, os professores aos alunos, os professores aos encarregados negros e ciganos e alunos brancos para alunos negros e ciganos. 

Com efeito, entendemos que esse ciclo, não será quebrado de maneira natural ou mágica, mas exigirá de cada membro integrante da maioria étnica, uma atitude interior de mudança e de querer fazer a diferença no colectivo.

Para o contexto escolar, reforçamos que seguramente o papel do professor é fundamental para a mudança da presente e futura geração.

Como pedra basilar deste processo, o docente deve ser capacitado em matéria de escola inclusiva / multicultural e supervisionado na prática para averiguar a sua aplicabilidade no terreno. 

Esta tarefa afigura-se urgente e ingente, já que o inquérito deixou a nu as questões antes utópicas com conclusões surpreendentes como: a existência de professores já profissionalizados que atribuem a causa do insucesso escolar às causas extrínsecas à escola; inexistência de professores capacitados para trabalhar com alunos de origem cigana e africana e com elevada aberração abrangendo os alunos universitário da licenciatura em ciências da educação e da Formação Inicial de Professores. (p. 190) Para a mudança, “ uma tal reflexão apresenta-se incontestavelmente pertinente e necessária, mas corre o risco de se tornar de difícil aplicação, se não existir disponibilidade interior, boas relações pessoais, clima de à vontade, formação e vontade de aderir a mudança” acrescenta a autora. (p.194)

Nesta panorâmica, o papel do professor é insubstituível, a par de outras componentes que conformam a educação multicultural. Assim, “o docente deve ser dotado de conhecimentos e competências aplicáveis ao contexto da escola multicultural: consciência dos problemas, aceitação dos conhecimentos básicos sobre diversidade cultural, desigualdade e implicações no ensino; afirmação de que estão desenvolvendo novas competências de ensino” (p.199), conceitos assentados na vontade pessoal de promover a mudança, na efectivação do ensino circunscrito, nos ideais da escola multicultural. 

Neste diapasão, Portugal dispõe de projectos como a ACIDI e outros, que se desdobram na temática das minorias étnicas, defendendo e promovendo a redução do estigma da discriminação. Porém não basta, deve sim, haver uma consciencialização dos actores de ensino que começa pela sua formação em matéria de multiculturalismos e escolas inclusivas. 

Com experiência na formação de professores, a autora da obra, reconhece, nas conclusões, haver ainda, a necessidade de dotar de conhecimentos os agentes de ensino para responderem as exigências da sociedade actual, e para o papel da escola em ser uma instituição de, e para todos, no que respeita aos direitos culturais e realizar por fim, o célebre I have a dream de Martin Luther King que a autora usa no termino da parte introdutória do livro. Portanto acção para a mudança precisa-se. Precisa-se também referir que, ao longo desta recensão, verificamos alguns erros/gralhas de formação consubstanciados na disposição das barras oblíquas, nas páginas 185 (aluno/professor) e 187 (espaço fechado /espaço aberto) e outros do género, que pensamos ser de menor montra. 

De maior montra parece-nos já, a questão do erro ortográfico ou uso pouco esclarecedor do verbo (apagar-se) ao invés de apegar-se, na frase “ Trata-se de um trabalho que parece não reconhecer a importância do diálogo pedagógico como o encontro de indivíduos que se ouvem, que sabem apagar-se no momento preciso, ou intervirem para dar o seu contributo… (Silva 2008: 189). Este vocábulo, apagar-se, dá-nos mais a ideia de apegaram-se no sentido de apoio, interajuda e não apagam-se, no sentido de extermínio ou extinção de fogo. 

O mesmo aspecto mas com mais, realce de todos, encontramo-lo na página 198 na frase “ … em todos os níveis de educação, de modo a incrementar consciência e respeito pelos conteúdos simbólicos e emocionais, amplamente desvalorizados e mesmo suprimidos e muitos culturas”. Sugerimos assim que ao invés de muitos culturas seja muitas culturas para não haver discordância do género.  

Concluímos ainda este trabalho, sugerindo que se faça maior divulgação dos conteúdos do livro, sob diversas formas quer através da imprensa numa versão digital disponível na Internet, quer realizando debates radiofónicos e televisivos. Faça-se ainda de forma mais académicas a realização de colóquios e jornadas científicas sobre o assunto, pois a questão do multiculturalismo é universal.

junho 11, 2012

KOHISANS: HISTÓRIA E CULTURA


A reflexão no dia-a-dia.

       Bosquimanes e sua historiografia

A historiografia de qualquer povo é um tecido de retalhos com registos de momentos altos e baixos

Esta asserção pode não ser aplicável universalmente, mas para Angola, é inquestionavelmente assertiva, quando se trata da comunidade San, Bosquímanos ou Boximanes, como se designam também

Não é sem razão que asseveramos isto, mas porque, os períodos históricos, demonstraram sucessivamente que o adágio dos primeiros poderem ser os últimos, aplica-se, pelo menos até aos dias que correm, à comunidade San de Angola. Registos históricos, atestam que a invasão do território San pelos Bantu, por volta do século I e VI, influenciou profundamente o seu modus vivendi e, os regelou consequentemente, a situações dramáticas, que colocavam em causa, à sua própria existência

Estudos como Where the first are last: san comunities Fighting for Survival in Southern Angola, de Richard Pakleppa e Américo Kwononoka (2003) e a abordagem: Angola, os Sans e o Desenvolvimento: relatórios das Comunidades Sans do sul de Angola (2007) são investigações que além, de corroborarem com essa tendência, também abordam sucintamente, o retracto histórico, linguístico e antropológico da comunidade San

Mas terá a invasão Bantu, acabado/influenciado a cultura San? O que é a cultura San hoje? Neste artigo, procuramos responder estas questões usando o método lógico-histórico, claro como empírico, consubstanciado fundamentalmente, na consulta bibliográfica das áreas de antropologia social, de história e sociolinguística de autores angolanos e estrangeiros. Procuramos abordar assuntos como: A hipótese da origem e fixação dos Sans; Os traços culturais: nascimento, casamento, herança e religião, sem deixar de parte à sua língua

Contamos embarcar e viajar consigo no tempo histórico e desembarcar na contemporaneidade.

             Origem e fixação

Origem lendária.

 

 A lendária origem

A origem dos Bosquímanos é lendária e recheada de enigmas: até hoje nenhuma convicção é consensual, entre os antropólogos, sobre à génese certa deste povo

De acordo com alguns estudiosos, como Impey    ( [s/d] :53), os Bosquímanos têm a sua filiação genética, em homens de Grimaldi, negróides descendentes de povos oriundos da Ásia, portadores de cultura de tipo aurinhacense que há mais de 50 000 anos viveram na Europa ocidental

Esta hipótese coaduna em parte, com a ideia de Almeida (1994: 27) ao afiançar, que este povo é produto de cruzamentos de mulheres africanas com homens chineses ou mineiros persas, assírios, indianos, quando em terras da rainha de Sabá, por ordem de Salomão, se efectuavam explorações auríferas

Destas alegações, surge uma convergência, o local da genealogia: a Ásia. Adiante só são divergências próprias de estudos diacrónicos de povos ágrafos

Sobre a fixação dos Sans, parece inicialmente ser uma abordagem paradoxal, pelo nomadismo inato dos Bosquímanos

Contudo, a sua integração em comunidades sedentárias, permite-nos abordar o assunto, sem deixar de lado, o processo que os levou a sedentarização, assim como, as grandes migrações. Comecemos, pela migração, por anteceder a sedentarização

Os Bosquímanos realizaram duas grandes migrações: uma para o Sul em direcção ao lago Ngami África central, fixando-se por algum tempo nas bacias dos rios Vaal Reit. Desta horda, uns partiram para a Gricualandia ocidental e outros para o leste até Wittebergen e os restantes para o sul, ocupando um extenso território da África do Sul

Outra migração dos San encaminhou-se para Oeste, chegando ao litoral atlântico, ao Sul de Windhoek, onde depois seguiu para o oriente, assenhorando-se das terras em que actualmente se situam Lourenço Marques e em seu termo

Mais tarde obrigados pelos Bantu, deslocaram-se para o ocidente indo habitar para as regiões onde previamente haviam estacionados os Bosquímanos da primeira migração, como atesta também, Stow ([s/d]: 98)

Com a chegada dos povos Bantu, no século XIII, vindos do Vale do Benué, entre os Camarões e a Nigéria, os San foram expelidos para o sul do continente. Habitando actualmente na Namíbia, Africa do Sul, Angola e uma pequena parte na Tanzânia

Os Bosquímanos de Angola são considerados descendentes tanto da primeira como da segunda migração

Fisiologicamente os Bosquímanos são de pequena estatura entre 1.30 a 1.50 metros, fraca corpulência, grande magreza com rugosidade na pele, cor amarelada - torrada cabelos curtos dispostos em tufos ou grão de pimenta, face achatada, esteatopigia (grande quantidade de gordura nas nádegas femininas); orelhas pequenas com lóbulos aderentes. A pele mostra-se geralmente pouco pigmentada, cor amarela - pergaminhada, por vezes mais escuras, com escassa pilosidade corporal e rara barba

Os traços culturais

 
           

Introdução
A cultura é o bilhete de identidade de um povo. Ela é também entendida como o ethos de um povo, ou seja, o conjunto de características que o diferenciam de qualquer outro

Hoje, no mundo globalmente multicultural, a tendência de ‘glotofagia’ das ‘maiores’ culturas às ‘menores’ é iminente. Mas também, já foi comprovado cientificamente, que as culturas nunca desaparecem: transformam-se, adaptam-se com a maior ou menor dificuldade

Em Angola, apesar de não existirem dados oficiais actualizados sobre o número exacto de San, sabe-se que das 18 províncias, apenas três albergam os San: a da Huíla, a do Cunene e a do Cuando Cubango

Deste facto, conjectura-se que a sua cultura tenha sofrido alterações e/ou influências: primeiro, pelo facto do seu território de ter sido invadido; por ter migrado para locais mais seguros durante a guerra civil, e por fim, porque o seu modus vivendi mónade foi fortemente influenciado pelas mutações políticas do período conflituoso, e muito provavelmente, pelas mutações da natureza: seca, desertificação, extinção de espécies animais e outros factores exógenos

Estas afirmações, ainda que hipotéticas, por carecerem de mais investigação, podem ser legítimas, na medida em que até agora, nada ou pouco tem sido feito para se apurar as alegações supra feitas

Portanto, precisa-se de vários estudo antropológico, sociológicos, históricos e de outras áreas sociais e não só, diacrónico e sincrónico, para se poder afirmar com rigor sobre a mudança/extinção ou não da cultura San

     Nascimento 






A mulher Bosquímana dá à luz no meio da floresta, sem assistência, mesmo que se trate de uma primípara. 

Neste caso, por ser a primeira vez, deverá ser vigiada por uma idosa mais experiente, encarregada de observar, por traz de uma árvore, com prontidão para intervir caso necessário, por um lado. 

Por outro, há relatos antropológicos que nos revelam, que para o parto, a parturiente põem-se de joelhos e, é assistida por uma parteira tradicional que procede ritualmente da seguinte forma: senta-se frente à parturiente e entala os seus pés entre as coxas para minimizara as dores de parto e todos os movimentos que advierem. Encarrega-se também de tratá-la com folhas aromáticas até completa restauração.

                Casamento

 
Os rituais são exigências essenciais.


 O casamento na comunidade San resulta de concertações e escolhas das mães quando os seus filhos ainda são criança. Cabe a progenitora da futura noiva decidir o noivo apropriado. 

Quando entre os 20 e 25 anos de idade, as negociações preliminares retomam já com os pais, familiares directos, e um amigo do noivo, normalmente, pertencente ao mesmo acampamento da rapariga pretendida

Em todo caso, a rapariga é publicamente interrogada, para saber se aceita ou não. Em caso de aceitação, o noivo deve morar em casa de uma família da noiva, para provar as suas aptidões, bom caçador. Enquanto o compromisso durar, as famílias trocam presentes. Findo o processo é-lhe entregue a mulher sem mais nenhum ritual. Herança A herança deste povo nómade não passa de instrumentos de caça: machadinhos, flechas, e peles que passam a herdade da mulher depois da morte do companheiro.

Existe outra versão, que aponta, que a herança é um misto de lei «patrilinear» e «matrilinear» ou seja, o arco e a flecha são herdados pelos parentes maternos do defunto, enquanto os machadinhos vão para os filhos. Entretanto, estes procedimentos primitivos vão sendo substituídos por costumes de povos Bantu vizinhos, em que a herança vai para o sobrinho, filho mais velho da irmã do esposo. No caso de não haver descendentes masculinos da linha materna a herança passa directamente para um filho de uma prima materna do falecido, ou seja, para um segundo sobrinho.

Religião






A religião San consiste sobretudo na veneração aos astros e seus estados de mutação. Para os San o Ser-Supremo é a Gaua a quem atribuem os sucessos ou insucesso da caça e de outras bênçãos ou maldiçoes. 

No que diz respeito ao culto lunar, o aparecimento da lua nova é celebrado com manifestações de alegria, o que se repete por ocasião da lua cheia: exibem-se danças imitando animais da floresta e canções de uivos. Muitas vezes a lua é considera também um deus. Quando surge é fortemente saudada como a um pai que visita os filhos raramente, além de a considerem morada dos espíritos dos ancestrais

A língua

 





A maior parte das línguas khoisan são faladas na Africa do Sul. Entretanto, existem também, dois pequenos grupos de populações: os Hatsa e os Sandawe, situados na Tanzânia, cujas línguas diferem acentuadamente, tanto entre si, quanto das línguas do grupo da Africa do Sul

Os linguistas dividem a família em três ramos: (1) hatsa; (2) sandawe, (3) khoisan sul africano

O khoisan sul-africano compreende três grupos de língua: (1) grupo norte, que engloba as línguas san do norte, dos Auen e dos Kung; (2): Khoisan central, dividido em dois grupos: a) kiechaware, b) naron, khoi-khoi; (3) san do sul, grupo que apresenta a maior diferenciação interna. Os San de Angola enquadram-se nesta ultima família

No entanto, pouco ou nada se tem feito em relação a preservação da sua língua. Actualmente, este grupo minoritário é bilingue e/ou plurilingue, em alguns casos, por adoptar os idiomas dos povos vizinhos. Falam à sua língua apenas entre si, em ambiente familiar e quando isolados dos grupos Bantu

Outrossim, das investigações efectuadas sobre o estado actual da língua dos San, em Angola, não se prevê em nenhum momento, políticas para à sua preservação e promoção à semelhança do que é feito por exemplo com o Umbundo, Quimbundo, Nhaneca e outras mais: Faça-se alguma coisa para preservar a cultura e a bela língua dos San de Angola.

OBS: A bibliografia não obedeceu ao critério alfabetico nem de formatação única.
  
Bibliografia

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maio 12, 2012

Abstract: Critical Analysis of Educational Reform Program for the Teaching of Portuguese in Angola


ABSTRACT                                                                                                                        






The current situation of Portuguese language in Angola raises interest in various fields. The matter of its teaching, as SL, is the matter that stands out in this essay.        

 The Angolan Government recently enacted the 2nd Educational Reform with the aim of improving the system of teaching and learning. Portuguese language is highlighted in this document. Not only in the role of an official and instructional language, but also for being the means for international communication in close relation with local Bantu languages.                                                                                                 

 In this context we try to find the best response to the need to train proficient users of PSL, and this requires the development and usage of methodologies that meet the challenge.                                                                                                                                 

Under this perspective, we decided to carry out the study entitled: Critical Analysis of Educational Reform Program for the Teaching of Portuguese L2 in Grade 7 in Angola, with the essential objectives of analyzing and suggesting improvements.
 
To this end, we used the empirical method along with the research and analysis of the relevant literature as well as the guiding documents of the Reforma.                              

 This dissertation is organized in five chapters, conclusions, recommendations, bibliography, and appendices.                                                                                           

We have concluded that the 2nd Educational Reform in Angola is an ambitious project, with some positive results, but still far from the ideal previously envisaged. It is urgent to improve working conditions, research, education and infrastructures.                      

 For the Portuguese language in particular, investing in teachers’ training and developing more and better educational conditions is crucial. This program has a well balanced structure and it facilitates acquisition, scientific knowledge and heuristics. The methods and strategies in place are nevertheless likely to develop the automatism of teaching and- learning. Here the teacher's role is crucial, not only for the enforcement of legislation, but especially for its potential constructive critique.

Key-words: Second Language Learning and Teaching; Syllabi; Communicative Proficiency